Monday, May 7, 2007

Para além do óbvio, na CML

A situação política na CML bateu no fundo. Para o comum dos mortais todo este espectáculo é degradante. Pior, talvez no Burundi!!! Vislumbra-se, com alguma dificuldade, uma luz ao fundo do túnel. O mérito, faça-se justiça, deve ser atribuído a Marques Mendes. Ainda que tarde, clarificou, de vez, o impasse vivido na maior autarquia do país. As eleições tornaram-se inevitáveis. Marques Mendes marcou pontos e a agenda política face ao PS. Mas mais importante que tudo consolidou a recente doutrina, inaugurada pelo seu PSD quando não apoiou a candidatura de autarcas suspeitos de crimes graves, como eram os casos de Isaltino Morais e Valentim Loureiro. O que está em causa não é a simples constituição de alguém como arguido. A inibição para o desempenho de cargos públicos só deve acontecer, como explicava José Manuel Fernandes, em editorial do Público, "quando os crimes de que se é acusado estão directamente relacionados com o exercício da actividade política e implicam uma suspeita de que se actuou com menor probidade". Ora, foi esta a leitura que Marques Mendes fez, que é, em primeiro lugar, uma leitura política. Agravada por um conjunto de factores que tornam o bom governo da cidade de Lisboa impossível, com o passivo (cerca de 1300 milhões de euros!!!) à cabeça. Resta-nos esperar que o bom senso prevaleça. A bola está agora do lado da oposição e naturalmente do presidente. A ver vamos.

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