Monday, May 14, 2007

Da malfadada competitividade...


A notícia passou despercebida pelo jornais (na televisão, nem vê-la!!!) , entretidos que andam com as trapalhadas da CML. Mas a notícia é preocupante e consta do seguinte: Portugal caiu para 39.º lugar do ranking da competitividade mundial elaborado pelo Institute for Management Development (IMD), num total de 55 países. O Governo apressou-se a sossegar os ânimos, desvalorizando a notícia, não pela voz do primeiro-ministro, que o assunto não é sério, mas do coordenador nacional da Estratégia de Lisboa, Carlos Zorrinho, também responsável por um dos muitos planos que o executivo socialista, à boa maneira dos planos quinquenais do "saudoso" Estaline, tem no terreno: falamos do Plano Tecnológico. E o que disse esta criatura: "Portugal desceu porque entrou um país novo no ranking com melhores indicadores, a Lituânia, e porque, entre os países avaliados, somos os que estamos a crescer menos". A Lituânia!!! Está tudo dito. Quando outras "Lituânias" entrarem, o que será de nós? Somos os que estamos a crescer menos!!! Que novidade. Talvez seja por isso que voltámos a cair no dito ranking, não? Como se não bastasse, Zorrinho ainda ataca a avaliação do IMD, pois "alguns dos indicadores são manifestamente inadequados para avaliar a realidade portuguesa", dotada, calculámos nós, de uma especificidade que nos escapa, a nós, e aos autores do relatório!!! Mas há mais, pois Zorrinho acredita piamente na subida do índice de qualidade de governação socialista, que, a "prazo, vai reflectir-se no crescimento económico", só não sabemos quando, nem de que maneira, mas, a prazo, acontecerá, acredita Zorrinho. Como a eficiência empresarial indígena é um desastre o inenarrável Zorrinho desculpa a coisa devido à pouca "apetência das empresas portuguesas para responder a estes inquéritos". Pois... Resta-nos o consolo de não estarmos sozinhos nesta descida, que é acompanhada pela França (28.º lugar), Itália (42.º) e Espanha (30.º). E, adivinhem quem está em primeiro? Os EUA, essa "malvada" economia. Muito próximos da primeira potência temos a Singapura (2.º lugar), Hong Kong (3.º), China (15.º) e Índia (27.º), com a Rússia (43.º lugar) a registar a progressão mais rápida do mundo. O crescimento das "economias emergentes" leva o IMD a temer o aparecimento de um proteccionismo "subtil" na Europa e nos EUA, sobretudo em matérias como a protecção ambiental, propriedade intelectual e os direitos sociais, com inevitáveis práticas anticoncorrenciais. Por cá, não ocorre ao Zorrinho que a competitividade passa, em primeiro lugar, por menos impostos, menos burocracia, e uma legislação laboral mais liberal, tudo coisas estranhas à governação socialista. Para saber mais sobre este relatório, ver www.imd.ch

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