Wednesday, May 9, 2007

Jornalistas: do ofício à profissão. Mudanças no jornalismo português (1956-1968)


Assim se intitula o novo livro de Fernando Correia e Carla Baptista, acabadinho de sair das tipografias, numa edição da Caminho, com o apoio do ICS. Com ele pretende-se fazer não a histórida desse período, "mas reunir testemunhos de experiências e opiniões que para essa história viessem a contribuir, nomeadamente no que se refere a aspectos a que, entre nós, se tem dado pouco relevo enquanto objectos de estudo, como as concepções de jornalismo e o lugar do jornalismo e dos jornalistas nas empresas e na sociedade, as rotinas produtivas e a organização e funcionamento das salas de redacção, a identidade e a cultura profissionais". (da Nota Prévia) O resultado é um excelente e analítico retrato da forma como os jornalistas portugueses foram construindo um território profissional, orientado por valores éticos e humanos e definido pela posse de competências e saberes específicos. Esse percurso foi lento e acidentado, ora na onda de transformações sociais que os estimulavem ora - as mais das vezes - interrompido e violentado por circunstâncias históricas e políticas com uma fortíssima capacidade de intromissão no campo jornalístico. Não menos importante: os autores mostram que, durante o Estado Novo, apesar da censura, o jornalismo não morreu. Pelo contrário, o que encontramos é um período que foi decisivo para a construção da profissão e do jornalismo português, com todos os seus defeitos e virtudes. Recomenda-se...

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